Eu sei que o álcool pode parecer uma boa opção para escapar temporariamente dos pensamentos inquietantes causados pela ansiedade. No entanto, essa substância pode agravar os sintomas a longo prazo, tornando-se uma armadilha perigosa.
Ainda que o álcool proporcione um alívio momentâneo, ele age como um depressor do sistema nervoso central, afetando negativamente o equilíbrio químico do cérebro. Isso pode resultar em um efeito rebote, levando a uma maior sensação de ansiedade assim que os efeitos da bebida passam.
Também, o consumo excessivo e frequente leva a um ciclo vicioso, onde a ansiedade é intensificada e o indivíduo busca o álcool como uma forma de automedicação.
Além do impacto direto no transtorno, o álcool também prejudica a qualidade do sono, que é essencial para o bem-estar mental. O sono irregular ou insuficiente agrava os sintomas do ansioso, criando um ciclo prejudicial entre a bebida e o sono prejudicado.
Ao enfrentar a ansiedade, é fundamental buscar alternativas saudáveis para lidar com o desconforto emocional. Em vez de recorrer ao álcool, considere praticar técnicas de relaxamento, como a respiração profunda, a meditação ou exercícios físicos regulares.
A terapia cognitivo-comportamental também é altamente eficaz no gerenciamento da condição.
Lembre-se que a ansiedade é uma condição médica séria e que o consumo de álcool pode piorar muito a sua situação. Ao invés de procurar a bebida, busque apoio de profissionais de saúde qualificados para receber orientação adequada e desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento.
Dr. André Boin
Médico Psiquiatra
CRM 174892 • RQE 84959